domingo, 8 de junho de 2008

Introdução à Lógica


Só escrevo por piedade própria, por achar que escrever ainda irá me ajudar a me compreender melhor. Minhas palavras são desprovidas de sentimento. Cada letra minha é um borrão inútil que suja a tela do computador, ocupando um espaço que poderia ser melhor aproveitado com qualquer outra coisa. Dramático, eu? Pode parar a leitura se quiser; neste blog tem textos muito melhores que esse. Se estiver dispost@ a seguir em frente...

Eu sou herdeiro do pensamento greco-romano. Sou formalista e conservador como os melhores juristas latinos. Sou teórico e racionalista como os supremos filósofos helênicos. Não bastasse isso, sou tímido pra caramba. Essa é a minha doença.

Você consegue ler os pensamentos e sentir os sentimentos da pessoa amada só num relance de olhar? Você consegue conhecer alguém por inteiro só com dois minutos de conversa? Muito bem! Qual é o preço para me ensinar? O quê? Isso não tem valor pra você? Ora, sejamos práticos! O mundo é capitalista, eu preciso disso e tenho tanto a oferecer em troca, vamos negociar!

Li alguns textos inteligentíssimos de pessoas inteligentíssimas que, mesmo assim - e por isso mesmo (que paradoxo!) dizem sofrem por amor. Isso escapa totalmente à minha compreensão. Ter a faca e o queijo na mão e morrer de fome é uma proposição que a minha lógica não admite. Eu sou tímido, logo é compreensível que eu não atraia pessoas. Eu tenho sensibilidade de pedra, portanto logicamente se conclui que ninguém se interesse por mim. Minha sabedoria é do tamanho de um grão de areia, dessa forma é natural que meus "conselhos" fajutos (mero plágio de pensamentos alheios) não valham nada.

Será que o sofrimento das dores do amor romântico é uma etapa necessária para dar à luz o amor verdadeiro? É necessário emaranhar-se em confusões e irracionalidades, chegar ao limite do infinito ao revés, para compreender a singeleza de amar? É, talvez seja isso. Sócrates disse: "só sei que nada sei". Por enquanto contentar-me-ei em repetir a mim mesmo essa verdade.

Ricardo G. S. 08.06.2008