sexta-feira, 5 de setembro de 2008

E Súbito...

Te ver traz tantas sensações. Me arrepia, me assusta, me dá confiança, é confortável.
Eu acho que gosto mesmo de você!
Sim, preciso dizer que nem sonho sobre você e eu, nem invento coisas sobre nós, seria loucura, isso seria idiota,não é?!
Então, por uma única vez me permito ser, por que quando te vejo o clima muda, o ar muda, tudo muda e depois eu fico falando de você para desconhecidos.
Eu poderia até escrever algumas canções sobre o jeito como pronuncia o meu nome...
Não respondo a você por que tudo que leio, ouço, interpreto, todo o meu saber fica meio sem rumo quando você me diz "Oi" e a única coisa que sei nesse instante é que gosto mesmo de você!
Eu amo pensar em você e posso até passar algum tempo assim, afinal você nem parece de verdade, sabe como aquelas pessoas de filmes?!
Eu queria mesmo te distrair, pra você não notar que devagarzinho o meu jeitinho de gostar iria te cegar...
Às vezes meu coração parece estar numa torre alta, encurralado lá por medos e inseguranças, é a minha prudência, mas aí você chega e faz meu sangue bombar num ritmo charmoso e sinto meu coração bem perto.
Eu gosto mesmo de você!
Eis o maior problema dos desejos, eles acabam não aceitando não como resposta. Você só coloca um fim, se for até o fim, e é preciso viver nem que depois você morra de um jeito com ele.
Confuso não é?! Mas eu ouvi esses dias que além de qualquer certeza, confusão é paixão.
Eu sei, eu sei, a paixão é mesmo ridícula.
Assim, sinto como se estivesse passeando de jangada, daquelas velhinhas indo, indo para o além-mar...
Dá medo, pânico e também paixão ridícula: o mar é intenso e assustador nas profundidades e na superfície é claro e encantador, assim como você! Mas naquela euforia toda não era seguro, lembrei que eu não sabia nadar e quis voltar. Voltei. Bem feliz e firme no meu porto seguro. Dali não deixo de admirar, me perco por alguns segundos cambaleando em ondas de pensamento... Sei que depois do horizonte tem mais belezas e cá existe algo por não descobri-las, mas mato a minha saudade com barulho de conchinha, bem escondida pra ninguém descobrir que ainda sonho em ser sereia.
No final você sabe que não quero o tipo "comédia romântica americana", não gosto desse tipo de filme fraco com final feliz. Prefiro europeus “cult” onde na maioria das vezes as pessoas sofrem e se perdem, mas ainda existe um fim, daqueles com suspiros no ar...
Parte de mim vagamente acha que poderíamos nos dar bem, que deveríamos nos dar bem, mas sou uma garota inteligente, linda, sensata, cheia de charme e vou me alegrar, eu sei, pode ser até uma alegria desconfortável, mas aí tenho cama quentinha e travesseiro macio para ordenar os meus sentimentos.
Ufa! Ta vendo só como todo silêncio às vezes vira grito de desespero?
Eu penso em você quase todos os dias, e me despedaço um pouquinho todas essas vezes, mas vamos combinar assim: é indefinível, mágico e sem muita lógica.
Continuo ouvindo o seu riso como se ele ainda estivesse aqui, e seu perfume não se perderá, nada seu, por que até o seu nada é bonito...
Despeço-me, saudosa e acreditando que amor não se pede, se declara ,se declara!

Você sabe!

Silenciosamente!


Hedlaine Barros, 04 e 05/09/ 2008.